"A verdade é que todos nós temos as nossas paranoias particulares, que vão desde pequenos receios do cotidiano como, por exemplo, ver se a porta está trancada mais de uma vez, se fechou a torneira, se desligou a TV, até marcas sentimentais do tipo ficar questionando, repetidamente, se quem amamos também nos ama. Esses sinais são comuns e mostram como nós partilhamos algo similar com aqueles a quem muitos costumam chamar, pejorativamente, de loucos. O ruim é quando isso negativa a nova vida ao ponto de comprometer nossa relação com o mundo, com os outros e com nós mesmos. Então, cuidado com os sinais. Todo sintoma é uma história quase esquecida, exigindo ser lembrada e contada. Podemos até viver com alguns esquecimentos, mas para diminuir as angústias da vida, temos que conhecer parte dessa nossa narrativa de dentro."
— Frederico Lima